Criado em setembro do ano passado para proporcionar assistência em saúde aos recém-nascidos, o Ambulatório de Egresso da Maternidade do Hospital do Servidor General Edson Ramalho (HSGER) estendeu o acompanhamento dos bebês de três meses para 12 meses de vida, com o objetivo de propiciar mais saúde às crianças. Até março deste ano, foram feitos 1.454 atendimentos, com avaliação do desenvolvimento físico e neurológico dos bebês. Nas consultas, também são concedidas orientações aos pais sobre nutrição e vacinação.
A dona de casa Mariana Pessoa, mãe de Maitê, de um mês e nove dias, levou a pequena à sua segunda consulta no Ambulatório de Egresso da Maternidade e aprovou o atendimento. “Eu gostei porque esse acompanhamento estimula as mães a ter mais cuidados com a criança, tendo informações sobre o crescimento e desenvolvimento dela a cada mês, e isso nos dá mais segurança”, avaliou. Ela comentou que teve a filha mais velha, de seis anos, também no HSGER, mas na época não havia esse serviço.
A pediatra Maria Alice Feitosa, que compõe a equipe técnica do Ambulatório de Egressos, afirmou que o acompanhamento dos bebês que nascem na unidade hospitalar começa na sala de parto. “Após o nascimento, a pediatria faz duas visitas e, com a alta, a mãe já sai com o agendamento para a primeira consulta, que deve ocorrer no período de oito a 10 dias de vida do recém-nascido. Depois disso, as consultas são mensais”, explicou.
Segundo a médica, a faixa etária de acompanhamento foi ampliada com o objetivo de proporcionar mais saúde aos bebês, considerando que o HSGER é um hospital Amigo da Criança. “As mães têm muitas dúvidas sobre a alimentação, então damos várias orientações, explicando que o aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses de vida, e complementado até os dois anos de idade. Também incentivamos a vacinação e recomendamos que chupetas e mamadeiras sejam evitadas”, comentou.
Nas consultas, a pediatria avalia fatores como peso, comprimento, perímetro cefálico, índice de massa corpórea, desenvolvimento neuropsicomotor, principalmente nos prematuros, e se há alguma má formação. “Encontramos crianças com má formação no pênis, na coluna vertebral, e outra com fechamento precoce do crânio, por exemplo. Quando necessário, fazemos referência para o Hospital Arlinda Marques e o Hospital Metropolitano”, relatou Maria Alice Feitosa. Segundo ela, o diagnóstico mais rápido contribui para uma maior chance de recuperação.
Tainá Félix, mãe de Ícaro Henrique, de dois meses de idade, achou uma excelente medida a extensão do tempo de acompanhamento dos bebês. “É muito importante que essa consulta ocorra na mesma unidade onde ele nasceu. A pediatra já tem acesso a tudo dele, desde o parto”, comentou. Para ela, o atendimento é humanizado e com muita paciência com o bebê, o que é “um fator muito importante”, apontou.
As consultas médicas de pediatria do Ambulatório de Egressos são exclusivas para os bebês nascidos na maternidade do Hospital Edson Ramalho, e realizadas de segunda a sexta-feira na unidade hospitalar, gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde) e pertencente à rede estadual.
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