O Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, unidade do Governo do Estado em João Pessoa, abriu, nessa segunda-feira (3), a 22ª Campanha de Prevenção às Queimaduras ‘Marcas que Ficam Para Sempre’. A ação ocorre durante todo o mês de junho com o objetivo de alertar e diminuir esse tipo de acidente nesta época, principalmente relacionado aos fogos de artifício.
Segundo o diretor-geral da unidade, Laecio Bragante, o Hospital de Trauma de João Pessoa é a única referência para queimaduras para a população da 1ª macrorregião paraibana, que abrange mais de 20 municípios. “Antes deste hospital, não tínhamos nenhum hospital de referência para esse atendimento. Felizmente, contamos hoje com a nossa unidade de saúde que leva esse atendimento de excelência à sociedade. Nosso hospital é referência para pequena ou grande queimadura, por isso estamos preparados para atender a todos que precisarem dos nossos serviços neste período“, ressaltou.
Laecio Bragante ainda lembra que a forma mais segura de aproveitar os festejos juninos é a prevenção. “Queremos que a população comemore o mês junino com muita alegria e diversão. Por isso, o objetivo da nossa campanha é diminuir os números de crianças e adolescentes com queimaduras, de forma significativa e para isso precisamos contar com a ajuda da população para propagar a informação dos perigos dos fogos de artifício e fogueiras. Porque o hospital não é o lugar de se comemorar as festas juninas e sim ao lado dos amigos e familiares”, salientou.
O coordenador médico da Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ), Emilton Amaral, chama atenção para a prevalência nos números de queimaduras por fogos de artifício em junho. “Em nossa unidade, os casos de queimaduras por fogos, neste período, conseguem dobrar. Só não é pior por causa da nossa campanha, por isso, é tão importante alertar à população”, enfatizou.
No caso de qualquer queimadura, é essencial buscar o atendimento no Hospital de Trauma, mas para o cirurgião plástico, Emilton Amaral, antes disso, alguns cuidados devem ser tomados.
“Ainda circulam muitas informações incorretas, mas a receita é simples: logo após o acidente, a queimadura deve ser resfriada com água corrente em temperatura ambiente e protegida com um pano limpo para que não tenha nenhuma infecção. Não se deve utilizar nenhum outro produto ou substância, sob o risco de causar danos ou piorar a queimadura. Falo isso, porque ainda recebemos casos de pessoas que usam manteiga, borra de café, clara de ovo, água sanitária, produtos sujos e contaminados. Isso pode transformar uma queimadura superficial em uma lesão profunda”, comentou.
De acordo com Emilton Amaral, em caso de queimaduras graves é importante chamar o Samu ou Corpo de Bombeiro. “Se alguém presenciar uma pessoa em chamas, deve fazer com que ela pare, deite-se e role no chão, para interromper o fogo, e, em seguida, resfriar as queimaduras com água em temperatura ambiente e chamar a assistência pré-hospitalar para encaminhar esse paciente para o Hospital de Trauma”, explicou.
De janeiro a maio deste ano, a unidade de saúde já registrou 505 atendimentos de vítimas de queimaduras. Em 2023, 971 pessoas foram vítimas de queimaduras e os principais motivos foram: líquidos em alta temperatura (539), contato com o objeto em alta temperatura (142), por fogo (83), produto químico (50), fogos de artifício (23), insolação (cinco), caravelas (cinco), eletricidade (um), entre outros.
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