A Fundação Florestal renova a parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a Fapesp, juntamente com a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente ( SIMA) para financiar projetos de pesquisa em Unidades de Conservação do Estado de São Paulo.
Com a continuidade no contrato serão investidos mais R$ 4 milhões com recursos oriundos da FF e da Fapesp nos próximos cinco anos. Ao todo, até 2026, serão cerca de R$ 7 milhões de investimentos em pesquisas em diversas áreas.
Os projetos, financiados com recursos da Câmara de Compensação Ambiental e da Fapesp, começaram em 2020. Na primeira fase foram produzidas 15 pesquisas contemplando 37 UCs a partir de uma lista de prioridades de pesquisa. Na segunda etapa, os projetos a serem apoiados deverão ter foco na biodiversidade na Estação Ecológica Juréia-Itatins. Com 84.425 hectares, esta é a maior estação ecológica do estado e uma das áreas de Mata Atlântica mais preservadas no Brasil.
Apoio à pesquisa
Além do convênio com a Fapesp, a Fundação Florestal possui outras iniciativas voltadas para o apoio à pesquisa. Em 2020, a instituição, por meio do Grupo de Trabalho (GT-Pesquisa) estabelecido pela Portaria FF 60/2020, propôs melhorias relacionadas à gestão destes projetos nas UCs, com objetivo de institucionalizar um Programa de Pesquisa.
Na fase inicial foi feita a consolidação de informações relativas às pesquisas finalizadas e em curso nas Unidades de Conservação; revisão de diretrizes, normativas existentes, procedimentos; identificação de gargalos da gestão da pesquisa (juntos aos gestores das UCs e técnicos da FF que trabalham com o tema).
Apesar de o ano de 2020 ter tido restrições decorrentes da pandemia, houve avanços no trabalho: entre junho de 2020 e junho de 2021, 78 novos projetos se iniciaram nas UCs paulistas. Atualmente são 208 pesquisas em andamento, devidamente cadastradas no Núcleo de Acompanhamento de Projetos Externos, do Instituto de Pesquisas Ambientais (Nape), distribuídas nas diversas temáticas, incluindo fauna, flora e desenvolvimento sustentável.
Um destes exemplos foi o projeto coordenado por Pablo Vidal Torrado, professor titular da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP. Intitulada Processos de Formação dos Organossolos Metanogênicos e Reconstituição Paleoambiental da Turfeira da Campina do Encantado (Pariquera Açu-SP), a pesquisa foi financiada pela Fapesp, Capes e USP e utilizou a infraestrutura do Parque Estadual Campina do Encantado, em Pariquera-Açu (SP). Contando com o apoio da gestora Márcia Lima e de sua equipe, Torrado utilizou a UC e seu fragmento florestal de zonas úmidas que abriga um ecossistema muito protegido e único e de grande interesse científico e ambiental para desenvolver seu projeto.
Orientações para pesquisas
As Unidades de Conservação preservam os principais remanescentes de vegetação nativa do estado de São Paulo e é possível estudar fauna e flora, recursos hídricos, solos e geologia, o modo de vida tradicional, educação ambiental, entre outros temas nestes espaços.
Por este motivo a Fundação Florestal está elaborando um guia rápido de boas práticas que deverá ser lançado no primeiro semestre de 2022 com procedimentos práticos que se aplicarão à gestão de todas as pesquisas que ocorrem nas Unidades de Conservação.
Para saber mais sobre os projetos selecionados na primeira fase pela Fapesp acesse:https://fapesp.br/13902/selecionadas-propostas-para-gestao-e-uso-sustentavel-de-unidades-de-conservacao-ucs
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