A FAPESP, a farmacêutica GSK e o Instituto Butantan anunciaram a renovação – por mais cinco anos – do projeto de fomento à pesquisa científica realizado por meio do Centro de Excelência para Descoberta de Alvos Moleculares (CENTD). Criado em 2015, o CENTD tem por objetivo estimular estudos para descoberta de novos medicamentos no Brasil.
A primeira fase do CENTD (2015-2020) – um dos Centros de Pesquisa em Engenharia (CPEs) constituídos pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) em parceria com empresas, universidade e instituições de pesquisa de São Paulo – teve como foco central identificar novos alvos terapêuticos envolvidos em doenças imunoinflamatórias, como artrite reumatoide e outras condições degenerativas. A segunda fase, que acontece com a renovação da parceria (2021-2026), focará na validação de alvos moleculares identificados na primeira fase e de novos alvos que forem eleitos nas próximas etapas dos estudos.
“De forma inovadora, o CENTD utiliza venenos de animais para a elucidação de mecanismos moleculares envolvidos nas doenças, bem como para descoberta de novos alvos moleculares”, afirma Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, coordenadora do CENTD e diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação do Instituto Butantan.
Esta nova fase do projeto conta com um aporte total de R$ 15 milhões, sendo R$ 7,5 milhões investidos pela farmacêutica GSK e R$ 7,5 milhões oriundos da FAPESP, além do apoio de infraestrutura e recursos humanos do Instituto Butantan.
“A inovação está no DNA da GSK e investir na melhoria contínua da ciência no Brasil é parte fundamental do nosso compromisso como empresa de saúde. A renovação da parceria do Trust in Science e Butantan, por meio do CENTD, está alinhada com os princípios de P&D [pesquisa e desenvolvimento] da companhia e utiliza o poder da genética e do sistema imunológico para impulsionar a descoberta e o desenvolvimento de medicamentos que promovam qualidade de vida”, afirma o diretor do Trust in Science e de P&D da GSK, Kevin P. Madauss.
Desde o seu lançamento, o CENTD publicou 45 trabalhos científicos e depositou seis patentes de medicamentos no país, além de criar plataformas tecnológicas inovadoras de identificação de novas moléculas e difundir conteúdos voltados à inovação e empreendedorismo à sociedade.
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