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Pesquisa financiada pelo Governo do Estado mapeia mais de 7 mil espécies da Biodiversidade da Paraíba

Um esforço inédito e colaborativo, envolvendo mais de 80 pesquisadores brasileiros, está em andamento nos diversos ecossistemas da Paraíba. O objet...

Por: Redação Fonte: Secom Paraíba
21/05/2025 às 10h43
Pesquisa financiada pelo Governo do Estado mapeia mais de 7 mil espécies da Biodiversidade da Paraíba
Foto: Reprodução/Secom Paraíba

Um esforço inédito e colaborativo, envolvendo mais de 80 pesquisadores brasileiros, está em andamento nos diversos ecossistemas da Paraíba. O objetivo é apresentar à sociedade o diagnóstico mais amplo e aprofundado já realizado sobre a biodiversidade do estado. Essa é a missão central do projeto “Biodiversidade da Paraíba:Status, Ameaças e Oportunidades”, financiado pelo Governo do Estado, com um aporte de R$ 300 mil, por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq). A pesquisa está entre os 11 projetos do edital do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex), financiados com um aporte de mais de R$ 3 milhões do Tesouro Estadual.

Nesse projeto, coordenado pelo professor Alexandre Vasconcellos, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a principal fonte de informações utilizada pelos pesquisadores provém do acervo das coleções biológicas mantidas pelas universidades da Paraíba, como a UFPB, Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Segundo ele, algumas dessas coleções, a exemplo do Herbário Lauro Pires Xavier da UFPB, reúnem mais de 50 anos de história e abrigam um patrimônio biológico extremamente rico, embora ainda pouco conhecido pela sociedade.

Atualmente, todos os dados sobre a biodiversidade provenientes dos mais diversos ecossistemas da Paraíba, como ambientes marinhos, estuarinos, rios, manguezais, Mata Atlântica, brejos de altitude e Caatinga, estão sendo revisados e organizados pelos pesquisadores vinculados ao projeto Pronex- Biodiversidade PB. Os primeiros resultados apontam para mais de 7 mil espécies já identificadas no estado, com estimativas que sugerem um potencial de até 10 mil espécies.

Várias espécies endêmicas, ou seja, exclusivas da Paraíba e que não ocorrem em nenhuma outra parte do planeta, já foram registradas. Entre elas, destacam-se a Jararaca-do-Jabre e a Borboleta-rabo-de-andorinha, ambas com populações restritas ao Pico do Jabre, no município de Matureia, e atualmente em risco de extinção. Situação semelhante ocorre com a Borboleta-branca da Mata do Buraquinho, espécie que só é encontrada nesse remanescente de floresta localizado em João Pessoa. Além desses exemplos, o banco de dados reúne muitas outras informações relevantes para a sociedade, como registros sobre a distribuição de organismos venenosos e peçonhentos, bem como de espécies de interesse para a saúde pública, incluindo vetores de doenças presentes no estado.

Parte dos dados sobre a biodiversidade da Paraíba já pode ser consultado no repositório DATAPB ( https://dataverse.ideal.ufpb.br/ ), um ciberambiente alinhado aos princípios da Ciência Aberta e acessível a todos.

Coordenado pelo professor Rafael Raimundo (UFPB), o repositório funciona como uma grande biblioteca virtual aberta para todos. Na seção de Biodiversidade, já estão disponíveis bancos de dados abrangentes e detalhados sobre diversos grupos de seres vivos, como plantas, abelhas, crustáceos, peixes, répteis, aves, entre outros. Segundo afirmou Alexandre, esse mapeamento, da forma que está sendo feito, publicando os dados no DATAPB, é único no Brasil e totalmente inovador.

Ao final do projeto, conforme explicou o pesquisador, espera-se que cada município, região (micro e mesorregiões) e zona climática da Paraíba disponha de informações detalhadas sobre sua biodiversidade. Esses dados deverão incluir o número total de espécies registradas; espécies ameaçadas de extinção; organismos relevantes para a saúde pública, saúde animal e fitossanidade; espécies consideradas pragas, exóticas ou invasoras; espécies com potencial cinegético e pesqueiro; espécies com potencial econômico; áreas prioritárias para conservação; e regiões com lacunas amostrais ainda não preenchidas.

“O diagnóstico da biodiversidade paraibana representará um marco para o estado, oferecendo subsídios fundamentais para a gestão ambiental e a tomada de decisões por parte dos agentes públicos, sob a perspectiva do desenvolvimento sustentável” enfatizou Rafael As informações levantadas poderão ser amplamente integradas a parâmetros sociais, econômicos e tecnológicos, contribuindo para a construção de estratégias que equilibrem segurança social, prosperidade econômica e a preservação dos ecossistemas, em benefício das gerações futuras.

Foto: Reprodução/Secom Paraíba
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