O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) destacou, em pronunciamento nesta terça-feira (2), que os focos de incêndio no Pantanal já superaram, no primeiro semestre, o que foi registrado no mesmo período de 2020, considerado o pior ano de queimadas na região. Para o parlamentar, é essencial priorizar uma ampla discussão sobre como enfrentar as consequências dos eventos climáticos extremos decorrentes das agressões contínuas do homem à natureza.
— Isso tem a ver, entre outras providências, com a preservação das florestas, essenciais para a manutenção do equilíbrio ambiental, um fato que envolve o Brasil, em cujo território se encontram cerca de 60% da maior floresta do mundo, a Amazônica. Por coincidência, isso tem de ser feito agora, no governo Lula, que vem enfrentando o desmatamento na floresta e retomou o Fundo Amazônia, paralisado desde 2019. Um fundo, aliás, criado no governo Lula em 2008, para permitir o apoio internacional para o combate ao desmatamento no país.
Kajuru também afirmou que a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade estabeleceu, há dois anos, um acordo histórico relacionado à ação global sobre a natureza até 2030. Segundo ele, os países desenvolvidos se obrigaram a destinar US$ 200 bilhões (R$ 1,13 trilhão) por ano para a implementação dos planos de ação e estratégias nacionais de biodiversidade.
— Acordos existem, promessas são feitas, mas poucas ações se concretizam, apesar dos alertas reiterados dos especialistas de áreas as mais diversas. Enquanto isso, os eventos climáticos extremos promovem a destruição, que afeta mais quem tem menos, acentuando as desigualdades. Por fim, o governo do Brasil, uma potência climática, tem de insistir e se fazer ouvir, cumprindo a missão de cobrar os líderes dos países desenvolvidos nos fóruns internacionais. Não podemos nunca esquecer que os 10% mais ricos da população mundial concentram mais de 75% da riqueza e emitem quase a metade de todo o carbono lançado na atmosfera.
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