O senador Ireneu Orth (PP-RS), em pronunciamento na quarta-feira (19), expressou sua preocupação com a situação enfrentada pelo Rio Grande do Sul, após o estado ser atingido pela maior tragédia climática de sua história. Segundo o senador, o governo não está cumprindo as promessas de apoio e reconstrução, transformando recursos anunciados em financiamentos bancários de difícil acesso — o que, segundo ele, agrava ainda mais a situação.
— O governo federal, em seus anúncios e propagandas, promete medidas de apoio e reconstrução. No entanto, na prática, essas promessas se revelam vazias para a população que realmente necessita. Os recursos prometidos para ajudar na recuperação das empresas e da economia se traduzem em financiamentos bancários com altos riscos, tornando o acesso ao crédito praticamente impossível para muitas dessas pessoas. Esse cenário é inaceitável, é um reflexo de uma desconexão entre as ações governamentais e as necessidades reais da população — apontou.
O senador ressaltou que apresentou quase 50 proposições legislativas com foco na recuperação do estado, mas lamentou a burocracia e a demora na análise dessas propostas. Ele enfatizou a necessidade urgente de tramitação de projetos importantes, como o PL 1.760/2024 , que visa fornecer assistência financeira às santas casas e hospitais filantrópicos sem fins lucrativos no Rio Grande do Sul.
Outro projeto mencionado pelo parlamentar foi o PLP 88/2024 , que autoriza a transposição, transferência e remanejamento de recursos financeiros, incluindo as emendas parlamentares, para utilização em ações emergenciais de resposta a desastres.
— O estado, já há dois meses enfrentando essa tragédia, clama por ajuda efetiva, que possa, verdadeiramente, reconstruir as cidades, os negócios e a dignidade das pessoas. Comunidades inteiras permanecem sem acesso, sem estradas, sem pontes. Empresas estão fechadas e não têm mais como pagar o salário de seus funcionários. O governo precisa voltar os olhos ao Rio Grande do Sul. O Parlamento brasileiro e o governo federal precisam assumir a responsabilidade e agir com a urgência que a situação exige — declarou.
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