O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), prorrogou, nesta segunda-feira (17), a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, que tem como objetivo aumentar as coberturas vacinais e reduzir o risco de reintrodução do poliovírus no Brasil. Com o seguimento da campanha, crianças menores de cinco anos continuarão sendo vacinadas em todo território paraibano até o dia 30 de junho.
Atualmente o Estado registra uma cobertura vacinal de 14,61%, um percentual baixo, considerando a meta nacional de 95%. A chefe do Núcleo de Imunização da SES, Márcia Mayara, explicou a ampliação do prazo para a vacinação. “Definimos essa prorrogação, após analisarmos a baixa cobertura vacinal na Paraíba, tendo em vista o curto prazo da campanha que teve início em 27 de maio e encerrou-se na sexta-feira, dia 14. Por isso, reforçamos a importância dos pais, mães e responsáveis levarem suas crianças menores de 5 anos de idade para tomar a vacina contra a poliomielite, que é uma doença grave que acomete os membros inferiores de forma irreversível. Então, para reduzir o risco de reintrodução da pólio, precisamos manter as nossas crianças vacinadas”, pontuou.
Para garantir o acesso das crianças menores de cinco anos à vacinação, a SES promoveu, em parceria com os 223 municípios, do dia 10 a 14 de junho, a Semana de Vacinação contra a Poliomielite nas Escolas de ensino infantil e creches. Além disso, foram realizados dias “D” de Mobilização contra a doença, quando foram aplicadas mais de 22.880 doses do imunizante, ofertadas em mais de 850 salas de vacinação.
O último caso de poliomielite no Brasil ocorreu em 1989, na cidade de Sousa, e em 1994 o país recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. No entanto, em 2023, o Brasil foi classificado como de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC)4.
A doença - A poliomielite é uma doença grave caracterizada por um quadro de paralisia flácida causada pelo poliovírus selvagem (PVS) tipo 1, 2 ou 3, que, em geral, acomete os membros inferiores, de forma assimétrica e irreversível.
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