A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados promove, nesta quinta-feira (13), audiência pública sobre disponibilização de insulinas análogas de ação rápida e de ação prolongada no Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas com diabetes tipo 1.
O debate será realizado a partir das 9 horas, no plenário 7, a pedido do deputado Bruno Ganem (Pode-SP).
O diabetes é caracterizado por um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos, que apresentam em comum a hiperglicemia, que pode levar a complicações como retinopatia e neuropatia.
Melhor medicamento
Depois de muitas batalhas das associações de diabetes e da Sociedade Brasileira de Diabetes, o Ministério da Saúde reconheceu que a insulina análoga de ação rápida é melhor o medicamento para tratar as pessoas com diabetes tipo 1.
O remédio foi incorporado ao SUS em 2017, mas os estados começaram a ter acesso a ela somente no fim de 2018.
Desperdício
"O Ministério da Saúde optou por disponibilizar a insulina análoga de ação rápida no Componente Especializado, e assim, gerou uma série de burocracias para as pessoas retirarem", explica Ganem.
O deputado afirma que foram compradas 7.921.005 canetas de 3ml, com validade de um ano, estimativa de consumo em um ano, para contemplar 396.050 pacientes. Mas com a burocracia para retirada, Ganem estima que foram desperdiçadas entre 900 mil a 1,4 milhão de canetas.
Sem mudanças
Após denúncias sobre o desperdício, o Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho para estudar mudanças na distribuição dessa insulina. Essas mudanças, no entanto, não foram implementadas por uma série de fatores, entre eles a falta de aparelhamento de refrigeração e de farmacêutico nas unidades de saúde.
Em 2021, o Ministério da Saúde comprou insulina análoga de ação prolongada, mais barata. A Sociedade Brasileira de Diabetes criticou a compra. "Há quatro anos que o usuário não tem acesso à insulina melhor devido à falta de compreensão do Ministério da Saúde com relação ao valor do medicamento", lamenta Bruno Ganem.
Mín. 23° Máx. 29°