A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta quinta-feira (23), em Brasília, que o financiamento e a gestão são os dois grandes desafios do setor.
“É importante termos mais financiamento para a saúde e melhorar a gestão. No Brasil, a distribuição entre despesa pública e privada com saúde destoa do que acontece no mundo, nos países em que há sistemas públicos de saúde – sendo que nenhum país tem um sistema universal com a força do Sistema Único de Saúde”, argumentou.
Ao participar de plenária destinada ao governo federal na 25ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, Nísia citou que, em 2021, a média das despesas públicas com bens e serviços em saúde foi de 7,4% em países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), contra 2,3% das despesas das famílias.
No Brasil, a média das despesas do governo com bens e serviços em saúde, no mesmo ano, foi de 4,5%, contra 5,1% das despesas das famílias.
“Ou seja: é fundamental melhorarmos o financiamento público. E somos conscientes de quanto os municípios vêm investindo a mais em saúde do que determina a Constituição. Os gastos em saúde são crescentes”, concluiu a ministra.
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