A ampliação dos serviços de Fisioterapia no Hospital do Servidor General Edson Ramalho (HSGER), pertencente à rede estadual e administrado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), com plantões maiores e mais profissionais atuando, segue buscando tornar o tratamento dos pacientes mais eficiente para encurtar suas permanências na unidade.
Com novos protocolos assistenciais implementados, o hospital tem conseguido aumentar o giro de leito, dando alta de uma forma mais rápida aos internos. Um desses protocolos leva o paciente para um ambiente intra-hospitalar, fora do leito, promovendo a realização de exercícios ao ar livre e marcando, de forma positiva, a evolução do seu quadro clínico. É o caso da dona de casa Marineide de Lourdes dos Santos, de 65 anos, que está internada na unidade se recuperando de um derrame pleural.
Moradora da cidade de Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa, a paciente deu entrada no HSGER há pouco mais de uma semana alegando dores no peito e dificuldades para respirar. E dentre os cuidados multiprofissionais de toda equipe assistencial do Edson Ramalho, um em especial está marcando a recuperação de Dona Marineide: as sessões diárias de fisioterapia. “A equipe é maravilhosa, todo mundo bem atencioso com a gente. São anjos. E eu tenho me sentido muito bem depois das sessões. Com certeza, se Deus quiser, depois que eu receber alta, vou continuar fazendo esses exercícios em casa”, comentou a paciente.
A fisioterapeuta Rayssa Castro, que estava de plantão na última segunda-feira (22) e foi a responsável pela sessão de Dona Marineide naquele dia, explica que, devido ao derrame pleural, a paciente se encontrava com falta de ar ao tentar fazer esforços moderados, e isso causava muita dificuldade para realização de suas atividades diárias.
Sem a fisioterapia, portanto, a recuperação se tornaria ainda mais lenta. “Então tem sido trabalhada fisioterapia respiratória para melhorar a expansão pulmonar; e também a fisioterapia motora para auxiliar, tanto na parte respiratória, na expansibilidade pulmonar, quanto também na funcionalidade. É uma paciente que não estava conseguindo fazer suas atividades por falta de ar, e que hoje tem avançado, conseguindo deambular, fazer exercícios de forma ativa, conseguido ir ao banheiro, tomar banho. Tudo isso, claro, graças ao trabalho em conjunto com toda a equipe, mas em boa parte graças à fisioterapia, que está estimulando todos os dias a melhora e a progressão da funcionalidade dessa paciente”, detalhou Rayssa.
Ainda de acordo com a fisioterapeuta do Hospital Edson Ramalho, pacientes acamados por muito tempo, que ficam sem mobilidade, correm risco de aumento de formação de trombos e edemas. Nesse sentido, o trabalho da fisioterapia se torna importante para a eficiência do tratamento como um todo a curto, médio e longo prazo. “Quando o paciente tem a mobilidade ativa e estimulada, esse paciente previne os riscos de eventos de trombos, evita a formação de edemas, melhora a capacidade pulmonar e ele vai conseguir, por consequência, respirar melhor, andar melhor, ter sua funcionalidade preservada e melhorada. Então a gente consegue um ganho a curto, médio e longo prazo por esse paciente”, pontuou.
Segundo o coordenador da Fisioterapia do hospital, Francisco Miguel, na Maternidade e no Centro Obstétrico, os plantões passaram de 12 para 24 horas, o que tem possibilitado, por exemplo, o acompanhamento fisioterapêutico da maioria dos partos normais realizados no hospital.
Já no que diz respeito às enfermarias, o turno de 12 horas passou a contar com o dobro de profissionais, ampliando a atenção aos pacientes internos e oferecendo mais qualidade ao tratamento. “Essa ampliação, junto com a implementação de novos protocolos assistenciais, tem sido muito importante para a melhora da oferta dos serviços do hospital para a população. Nós temos conseguido verificar, através de indicadores, que além do aumento do número de atendimentos, estamos conseguindo também melhorar a qualidade dos tratamentos”, concluiu.
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