O Hospital do Servidor General Edson Ramalho (HSGER) ampliou seu rol de atendimentos com a realização do procedimento de histeroscopia para diagnóstico de patologias intrauterinas. A unidade hospitalar, pertencente à rede de saúde do Governo da Paraíba e gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), disponibiliza o método, que também pode ser cirúrgico, dentro das atividades do programa Opera Paraíba. A partir de sua realização, é possível fazer biópsia e diagnosticar doenças, como câncer de endométrio.
A médica ginecologista e obstetra Ana Elisabete Dutra explicou que a histeroscopia é realizada em bloco cirúrgico para avaliar a cavidade endometrial e verificar o tipo de patologia ou lesão, a exemplo de pólipo ou sinéquia uterina. Outras indicações para sua realização referem-se à suspeita de má formação uterina, mioma, neoplasia ou hiperplasia endometrial.
“Pacientes com sangramento uterino aumentado ou que têm exame de imagem, como ultrassom transvaginal ou ressonância magnética que indicam suspeita de pólipo endometrial ou mioma submucoso, devem fazer o procedimento. Em alguns casos, já conseguimos realizar o tratamento imediatamente. Se é um pólipo pequeno, já retiramos com a pinça histeroscópica. É um exame que, em alguns casos, já permite a retirada da lesão”, explicou a médica.
A cabeleireira Joseclaudia da Silva, de 40 anos, e residente na cidade do Conde, foi submetida ao procedimento no HSGER. Ela contou que sofreu com hemorragia durante a menstruação, ficando anêmica. Ao suspeitar de mioma, fez exames de sangue e ultrassom transvaginal, que detectou um pólipo no útero.
“Fui encaminhada a um ginecologista-cirurgião, que me sugeriu a histeroscopia. Ele explicou o procedimento e fui encaminhada ao Edson Ramalho. Durante o procedimento, a médica verificou que, em vez de um, havia vários pólipos que não apareciam no ultrassom. Ela retirou todos e enviou para análise”, relatou Joseclaudia da Silva.
Apesar de não precisar de internação, Joseclaudia da Silva comentou que foi muito bem tratada por todos que a atenderam nas poucas horas em que esteve no HSGER. “Todos me deixaram bem à vontade, inclusive no bloco cirúrgico, antes do procedimento. Nota 10 para a equipe”, avaliou.
De acordo com Ana Elisabete Dutra, o procedimento é minimamente invasivo, sem cortes, sendo realizado pela vagina, através do orifício do colo do útero. A paciente é sedada, o que torna a histeroscopia quase indolor, sendo necessário o afastamento das atividades laborais por apenas um dia. O acesso ao serviço é por meio das Unidades de Saúde da Família de cada município, com encaminhamento da Regulação.
A unidade hospitalar já oferta mais de 30 procedimentos cirúrgicos pelo programa Opera Paraíba. Conforme a diretora Assistencial do Edson Ramalho, Lais Pinto, o hospital está comprometido em aprimorar seus serviços para atender às demandas da população paraibana.
“Essa missão se fortalece por meio da parceria com o programa Opera Paraíba. No âmbito dessa colaboração, a histeroscopia é incorporada como uma técnica fundamental para diagnosticar e tratar condições específicas que afetam a saúde da mulher. Essa integração de tecnologias avançadas amplia nossa capacidade de fornecer tratamentos especializados e atualizados, garantindo um atendimento de excelência para a população da Paraíba”, pontuou a gestora.
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