O Complexo Pediátrico Arlinda Marques, unidade de saúde do Governo da Paraíba em João Pessoa, vem ampliando sua estrutura desde o ano passado para acolher melhor o aumento da demanda de pacientes que procuram o serviço, especialmente nesse momento no qual se observa alta de casos de síndromes respiratórias em crianças.
De acordo com o diretor do Complexo, Daniel Gonçalves, a unidade, que é referência pediátrica em assistência de média e alta complexidade para toda a Paraíba, já se prepara, desde o último ano, para atender à demanda elevada do período que compreende os meses entre março e junho. “Ampliamos a escala de profissionais, dobramos nossa capacidade de atendimento e investimos em tecnologia para dar mais rapidez na emissão dos exames laboratoriais”, explicou o diretor.
Ele ainda reitera que, nos próximos dias, uma nova ampliação na escala de profissionais será realizada de forma emergencial, para atuar nos horários de mais movimento. Nos primeiros 20 dias de março, a unidade atendeu a mais de 3.300 pacientes, sendo 1.009 deles na classificação verde, que integra pacientes de baixo risco, ou com quadro ambulatorial. “É importante reforçar que os pacientes são atendidos de acordo com o nível de criticidade e a prioridade é voltada para pacientes que chegam agravados, ou possuem um potencial de agravamento, classificados nas cores amarela, laranja e vermelha”, esclareceu.
As síndromes respiratórias são caracterizadas por quadro de febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta e início dos sintomas nos últimos sete dias. O pediatra, e diretor técnico da unidade, Ariano Brilhante, explica o perfil de cada paciente e fala sobre os sintomas de alerta: “Sabemos que, durante o período de março a junho, há um aumento dos vírus respiratórios, entre outras viroses, que coincidem ainda com o retorno das aulas e aumenta a propagação. Mas os pais devem ficar atentos às crianças que têm febre alta que não diminui com medicação; desidratação, crianças sem apetite, que apresentam falta de ar ou apatia; essas devem ser levadas para uma unidade hospitalar. Já as crianças que apresentam febre leve, estão se alimentando e se hidratando bem, apresentam tosse associada sem cansaço, devem ser direcionadas para as Unidades de Saúde da Família e Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs ”.
O médico alerta que levar crianças com sintomas mais leves para o ambiente hospitalar pode acarretar em infecções por outros vírus e bactérias circulantes, uma vez que o sistema imunológico está fragilizado. Para a prevenção das síndromes respiratórias, a recomendação é de que as crianças mantenham as vacinas em dia (Pneumo10, DTP, Covid-19 e influenza) para reduzir agravamentos. Também é recomendada a lavagem nasal, isolamento de outras crianças, ou adultos, com quadros virais e uma boa hidratação, aliada a uma alimentação nutritiva.
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