A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados discute nesta terça-feira (31) a criação de centros de terapia assistida no Sistema Único de Saúde (SUS). Esses centros são espaços criados para dar suporte à aplicação de medicações imunobiológicas (medicamentos derivados de anticorpos, modificados em laboratório, que atuam sobre determinadas células).
A audiência será realizada no plenário 3, a partir das 10 horas, a pedido da deputada Erika Kokay (PT-DF). Os interessados poderão acompanhar o debate pelo canal da Câmara dos Deputados no YouTube.
Erika afirma que a falta de centros de terapias assistidas no SUS inviabiliza o tratamento com medicamentos biológicos e biossimilares. O fornecimento desses medicamentos é garantido pelo Ministério da Saúde, mas o SUS não disponibiliza local adequado para realizar as infusões endovenosas e subcutâneas.
"A infraestrutura para a infusão sempre aconteceu com o apoio dos programas de suportes aos pacientes (PSP) financiados pela indústria farmacêutica produtora de inovação", explica a deputada. "Com a queda da patente dos originadores, esses PSP estão sendo descontinuados e os pacientes passam a enfrentar intensas dificuldades para realizar a infusão."
Erika afirma que há centros de terapia assistida particulares em todo o País, mas "a aplicação desses medicamentos tem custado entre R$ 150 e R$ 400 cada". Alguns pacientes realizam aplicações quinzenais e até semanais o que impacta o orçamento familiar.
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