Escolhido para ser o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) no terceiro governo Lula, Marcelo Freixo mostra um discurso afiado de mudança de rumo. O objetivo, segundo ele, é mostrar um novo Brasil, com novas prioridades após quatro anos de governo Jair Bolsonaro. Segundo ele, o estímulo ao turismo passará por construir a imagem de um Brasil “de diálogo, democracia e combate à fome”.
“A imagem do Brasil para fora é a imagem de um outro Brasil. É um Brasil da ciência, do diálogo, da democracia, da educação, do combate à fome. É essa a imagem do Brasil que queremos colocar para o mundo e chamar as pessoas para conhecerem o Brasil”, disse Freixo, ao chegar para a posse de Lula no Congresso Nacional.
Ele também mostrou interesse em dialogar com o primeiro escalão do governo, nos vários ministérios, na busca de políticas que favoreçam o turismo.
Freixo citou nominalmente os ministérios do Esporte, Justiça e Meio Ambiente como potenciais parceiros. “A questão ambiental é decisiva. Tem um vetor do turismo hoje que é o turismo climático. Só o Brasil tem a Amazônia. Então a gente consegue trazer gente, gerar emprego, gerar preservação da Amazônia com mais recursos”.
Para o Esporte, Freixo pensa em uma agenda esportiva, construída com a ministra Ana Moser, com atividades durante o ano inteiro. A ideia é estimular, além do turismo, a geração de empregos.
Em relação a Flávio Dino, ministro da Justiça, ele indicou uma parceria para aprimorar a segurança de turistas, sobretudo mulheres. “O Brasil é o segundo país mais arriscado para mulheres viajarem sozinhas. Isso a gente tem que vencer, isso é uma vergonha. Então, ter um policiamento direcionado à segurança das mulheres que possam visitar o Brasil. Tem muito projeto, muita coisa e a parceria com todos os ministérios vai ser fundamental”.
Ele também afirmou sua colaboração com o ministro da Justiça na construção de políticas contra a violência no Rio de Janeiro. Freixo tem reconhecida sua luta de longa data contra as milícias do estado. “O Dino é meu amigo de longa data. Tudo que pude ajudar o Dino nesse processo, tanto de montagem da Polícia Federal, eu ajudei. E vou continuar ajudando, porque tenho muitos anos na minha vida dedicados a esse tema e vou sempre estar disposto a ajudar, ainda mais tendo o Dino à frente desse ministério tão importante.
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